sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Obrigada pelo apoio!!!

Passado o nervosismo da banca e com a confirmação de que "tudo vale a pena se a alma não é pequena", o grupo Entre Nós aproveita esse espaço para agradecer a todos que nos apoiaram durante a produção do Programa "E aí, Pessoa? As faces do poeta que foi muitos", que nos rendeu uma nota 10 com voto de louvor!

Muitíssimo obrigado de coração a todos que estiveram presentes no dia da nossa banca e pelos e-mails que estamos recebendo. Valeu Ana Clara Guerra, do 3º ano de jornalismo da USCS, que nos deixou um recado no post anterior... olha que legal, nosso trabalho já está virando inspiração para os próximos anos! Estamos muito, muito felizes!

Agora estamos nos preparando para o que virá... recebemos uma proposta tentadora de uma de nossas avaliadoras, a jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Cultura. Aguardem os próximos capítulos...

E para não perder o costume, aí vai mais um trecho de entrevista que não entrou no Programa.

Conversamos com Vilma Lemos, querida professora, doutoura em linguística e fã de Fernando Pessoa - obrigada, prô, por ter estado conosco também!

Vilma relembra como conheceu a obra pessoana e lê um trecho do poema VIII do Guardador de Rebanho, seu preferido. Vamos curtir?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Convidado especial para a banca de TCC : VOCÊ

Olá, pessoanos! Como estão?

O grupo "Entre Nós" está roendo as unhas para a banca de TCC que acontecerá no dia 09 de novembro, na terça-feira que vem!

Precisamos de todo o apoio possível, por isso convidamos vocês para o evento!! Olhem só o convite, logo abaixo:



Esperamos vocês, certo?! E para dar uma canjinha, aí vai um trecho de entrevista com Rogério de Almeida, mestre em educação, que conversou com a gente mais de 2 horas sobre o poeta das várias faces.

Seguindo os dois últimos posts, veiculamos um trecho que não entrou no Programa, em que Rogério recita sua poesia preferida, Lisbon Revisited (versão de 1923).

Confiram:

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Celebrando a morte

Em nossas andanças pelo mundo pessoano, descobrimos que Fernando Pessoa questionava-se muito sobre a vida, tanto que buscou respostas no ocultismo, espiritimo, Rosa Cruz etc.

Pessoa escreveu sobre a vida, principalmente com o nome de Alberto Caeiro, e sobre a morte, com Ricardo Reis. Mas não vamos prestar homenagem ao Dia de Finados postando sobre o médico Reis.

Vamos, sim, dar continuidade ao que começamos no post de ontem. Hoje com uma poesia lida pelo professor Hélio Valdeci Rodrigues, cuja entrevista não entrou no programa "E aí, Pessoa?", mas, certamente, foi muito enriquecedora para o desenvolvimento do conteúdo do projeto.

Hélio lê "O menino de sua mãe", poesia assinda pelo ortônimo, que descreve a cena de um soldado sendo morto em uma guerra. Vamos ouvir?

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sobre poesia, gorjetas e um TCC

Em um ano de pesquisas, o grupo “Entre Nós” entrevistou 26 pessoas, entre fãs e especialistas. No total, são mais de 15 horas de gravações que, com muita dificuldade e um bom dicionário de sinônimos, foram transformadas em 26 minutos e 50 segundos de programa.

O grupo está muito feliz com o resultado e não vê hora de apresentar ao público o primeiro produto do projeto. Aliás, logo postaremos mais informações sobre a nossa banca de TCC que acontece na semana que vem, dia 09 de novembro.

Mesmo assim, temos consciência de que um ótimo material foi deixado de lado durante a conclusão do trabalho. Por isso, aproveitamos esse espaço para divulgar e explorar melhor as entrevistas que ficaram de fora do programa “E aí, Pessoa? – as faces do poeta que foi muito”.

Com certeza, os momentos mais emocionantes das conversas foram as poesias recitadas por nossos entrevistados. Uma das mais tocantes é a sonora de Mariana Bienhachewski da Costa Portela, psicóloga que nos concedeu mais de uma hora de entrevista num domingo ensolarado de abril. Confira abaixo o áudio em que a psicóloga recita uma poesia que lhe rendeu boas gorjetas quando vivia em Portugal.






Ah! E só por curiosidade... "montra" significa "vitrine" em português de Portugal.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Que rufem os tambores...

Logo mais o Projeto Entre Nós conclui seu primeiro produto!!
Aguardem...
Em Novembro...Na Universidade Municipal de São Caetano do Sul.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Chegando ao fim

Finalizações, entregas de relatórios, últimas provas. Nossa jornada está acabando. E agora?

Estamos na etapa final do Trabalho de Conclusão de Curso. Seguimos com os preparativos, com os detalhes, aperfeiçoamentos. E entramos na fase de roer as unhas, de frio na barriga, de borboletas no estômago.
Com a entrega do projeto, na próxima quarta-feira, nos sobra também o vazio... Não nos encontraremos no QG. Não entraremos em pânico com os prazos, não ficaremos com os olhos pregados em frente ao computador, não perderemos noites de sono.
Não ficaremos bravos uns com os outros, não daremos chiliques em casa. Sem choros, sem cutículas mordiscadas, sem insônias. Sem risadas, sem a presença do grupo, sem a presença dos amigos... Sem nós!
Daqui em diante, não sabemos ao certo o que nos aguarda. Quem serão nossos próximos amigos? Empregos? Casamentos? Viagens? Não sabemos, já disse!
Mas levaremos a bagagem que conquistamos! Levaremos, também, um heterônimo à tira colo.
Sem mais, segue o amigo Álvaro:


O FUTURO
Álvaro de Campos

Sei que me espera qualquer coisa
Mas não sei que coisa me espera.

Como um quarto escuro
Que eu temo quando creio que nada temo
Mas só o temo, por ele, temo em vão.
Não é uma presença; é um frio e um medo.
O mistério da morte a mim o liga.

Ao [...] fim do meu poema.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Filme do Desassossego (!!!)

Olá pessoas!
Estreou no último dia 30, lá em Portugal, o Filme do Desassossego. Nem é preciso falar que a obra é uma releitura do Livro do Desassossego, do semi-heterônimo guardador de livros, Bernardo Soares.
Agora só falta saber quando vai estrear no Brasil...

Vejam só um dos traillers que está na web:




Abaixo uma crítica sobre o filme que achamos no blog Um Fernando Pessoa, lá de Portugal


"Filme do Desassossego" - Uma Apreciação Crítica

Tive ontem a oportunidade de assistir à estreia oficial do "Filme do Desassossego", no Grande Auditório do CCB. E a primeira impressão que vos deixo é de que o filme de João Botelho é, numa palavra, admirável. Foi a palavra que me ocorreu quando estava a vê-lo e foi a palavra com que fiquei também no final do mesmo, já soavam as palmas na sala.

Admirável, sim, mas não perfeito.

Perfeita só mesmo a interpretação de Cláudio Silva no papel do ajudante de guarda-livros Bernardo Soares. Um tour de force inacreditável do actor, que, debaixo do impiedoso olho da câmara (muitas das vezes em close up) durante grande parte do filme, raramente vacila ou hesita, e muito menos é tentado a sair da personagem que Botelho lhe propôs. Aliás, é a construção da personagem "Bernardo Soares" que mais me impressionou - o filme consegue, credivelmente, dar-lhe vida (até tiques físicos), uma consistência que fica depois de o vermos, ao ponto de podermos acreditar que ele existia.

Claro que Botelho corria um grande (enorme) risco. O risco era de que este filme se resumisse a um monólogo de Bernardo Soares, a recitar textos do "Livro do Desassossego" enquanto andava por Lisboa, pelos recantos das ruas, do seu quarto, do escritório onde trabalhava ou o restaurante onde era habitual. O risco era, não de não conseguir filmar o "filme impossível", mas sim filmar algo que se tornaria banal. O realizador certamente sentiu esse risco desde cedo e conseguiu, de maneira exímia, evitá-lo. Convém não falar demasiado para não estragar o filme a quem ainda não o viu, mas surpreende a forma como os textos, mesmo da boca do semi-heterónimo de Pessoa, não lhe ficam colados ao longo da película, deixando-nos uma sensação universal dos mesmos. Não há grandes momentos mortos, o que num filmes destes só pode ser um grande elogio. Ao lado da construção da personagem por Cláudio Silva, este é o segundo e grande momento final da obra de João Botelho, que a coloca num degrau acima do mero filme de ocasião, para o tornar num verdadeiro marco dentro do universo das obras que celebram o grande poeta e porque não da própria história do cinema Português.

Mas há que perguntar se este filme é "apenas" um filme de arte, um mero exercício estético... na minha opinião não é, embora pareça que João Botelho possa ter tido algum medo na afirmação desta verdade. Há momentos (vários) de belíssima cinematografia e a qualidade da fotografia no filme é imaculada, inclusivé a escolha dos cenários, e apenas em certas ocasiões (por exemplo o momento da Ópera) o filme derrapa para o exercício estético rebuscado. Isto para dizer que - ao contrário do que Botelho dizia - o filme não ficaria mal numa sala de centro comercial, no meio de pipocas e coca-cola. Aliás, a obra de Pessoa certamente agradecia uma divulgação mais vasta, que talvez apenas aconteça se aparecer o DVD respectivo. E, diga-se de passagem, num centro comercial ver-se-ia uma muito menor feira das vaidades do que na abertura oficial no CCB, onde as palavras de Pessoa ecoaram provavelmente em muitos ouvidos moucos, ou pelo menos pouco impressionados pela falta de flashes na sala escura.

Em resumo o filme é altamente recomendado. Embora sofra de algumas imperfeições - algumas delas bem próprias da cinematografia nacional, como por exemplo alguma rigidez na entrega das falas - tudo o resto compensa vastamente. Cláudio Silva, magistral; a realização impecável embora com alguns exageros; o fluir da "história" muito bem conseguido, só quebrado por uma cena musical que na minha opinião não deveria existir, mas concedo que isso possa ser uma observação subjectiva. Se o apanharem perto de vocês não o percam, porque o "Filme do Desassossego" entra agora em digressão pelo país